segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vem coração!!!

Água, Terra, Vento, Fogo... CORAÇÃO! eeeeeeeeee É, como muitas vezes acabo achando que salvar o Planeta é algo utópico tento, pelo menos, salvar meu coração. Nãooooo, coloque isto no plural. Até porque não iria querer ficar vagando sozinha nesse Planeta, nem em outro qualquer por aí...


Vênus (Paulinho Moska)

Quando a sua voz me falou: vamos
Eu vi deus sentado em seu trono: vênus
A religião que nós dois inventamos
Merece um definitivo talvez... pelo menos
Perceba que o que me configura
É sempre essa beleza
Que jorra do seu jeito de olhar
Do seu jeito de dar amor
Me dar amor
Não te dei nada que seja impuro
No futuro também vai ser assim
Se hoje amanheceu um dia escuro
Foi porque capturei o sol pra mim
Perceba que o que te configura
É sempre essa beleza
Que jorra do meu jeito de olhar
Do meu jeito de dar amor
Te dar amor
Perceba que o que nos configura
É sempre essa beleza
Que jorra do nosso jeito de olhar
Nosso jeito de dar amor
Nos dar amor
Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor e não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.
Fazia muito tempo que não escutava essa música. Preparando a janta e já com minha mente saciada de tantos pensamentos com cheirinho bom, essa música ficou como trilha sonora. Nem os barulhos do carro, nem a festa dos vizinhos no corredor, nem o barulho do ventilador (o do teto haha), me tiraram daquela sensação de estar sendo levada por ondas até uma ilha de areia fina e branca, onde o tempo não existe. Sabe, queria muito que os ponteiros do relógio tivessem parado nesse último final de semana. É, concordo com o Moska aí, que o amor é sentido na alma, no espírito (abrangendo os inúmeros significados que essas palavras podem assumir). Sim, o amor é sentido em cada órgão, em cada célula e senti-las agradecendo com um sorrisão que se estende pelo corpo todo é muito bom! Mas não deixarei de usar o CORAÇÃO como aquele diretamente ligado à palavra AMOR. Os dois são primos, irmãos. Palavras que já nasceram pedindo o seu complemento. Para alguns tudo isso pode parecer bemmm piegas, mas para mim é o máximo da originalidade e coragem. Sim, porque se jogar num abismo, sem saber o que esperar (por um trampolim, um puff gigante ou... o chão, simplesmente) não é para qualquer um.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"tão bonitinha"

00:01

que sacooooooooo
não comecei bem esse dia... e olha que tem praticamente as 24 horas ai pela frente. Espero que algo mude. A gente espera, espera, sofre por não ter, anda reclamando para deus e todo mundo e para si mesmo que não tem, mas e quando tem???? Fica o tempo todo pensando sobre, quando não tem, mas quando tem não sabe como agir?? Confuso. Calafrios. Mas é que está frio mesmo. Janela aberta. Massa de ar frio que tomou conta do estado... Aquela impressão de ter o gostinho do medo de perder e conquistar todo o dia é bom. Sim, é bom. Admito. Mas só se a perda e a conquista não ultrapassarem a fração de 3 segundos entre uma e outra.
Estou com sono. Durma bem.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

dias assim... sem você.

Mais uma noite a chuva cai leve, lá fora. Quase não se permitindo enxergar ela escorregadia molhando cada banco, cada pedra, cada chapéu, careca e sapato na rua. Estou fazendo companhia (por pouco tempo) com torradas cortadas e recheadas de queijo derretido e café. Continuarei com o chimarrão logo mais. Enquanto fico olhando para o movimento de dança que as leves e diminutas gotas de chuva fazem com a sua parceira - o vento - essa música toca. Deixo-me seduzir. Tá ai: 
Avião sem asa.
Fogueira sem brasa.
Sou eu assim sem você.
Futebol sem bola.
Piu-piu sem Frajola.
Sou eu assim sem você.
Porquê é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim?
Eu te quero a todo instante.
Nem mil auto-falantes.
Vão poder falar por mim.
Amor sem beijinho.
Buchecha sem Claudinho.
Sou eu assim sem você.
Circo sem palhaço.
Namoro sem amasso.
Sou eu assim sem você.
Tô louco pra te ver chegar.
Tô louco pra te ter nas mãos.
Deitar no teu abraço.
Retomar o pedaço.
Que falta no meu coração.
Eu não existo longe de você.
E a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver.
Mas o relógio tá de mal comigo.
Por quê?
Por quê?
Neném sem chupeta.
Romeu sem Julieta.
Sou eu assim sem você.
Carro sem estrada.
Queijo sem goiabada.
Sou eu assim sem você.
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim?
Eu te quero a todo instante.
Nem mil alto-falantes.
Vão poder falar por mim.
Eu não existo longe de você.
E a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver.
Mas o relógio tá de mal comigo.
Eu não existo longe de você.
E a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver.
Mas o relógio tá de mal comigo.
(Fico assim sem você - Adriana Calcanhoto/ Adriana Partimpim - prefiro assim =D )

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

simplesmente... E-T-E-R-N-O

... é tudo aquilo que vive na fração de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica
e nenhuma força o resgata.

(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Pra ser levado em conta (Vander Lee)

Vem me ver
Vem juntar seu calor ao meu
Não te quero ter
Só nos finais de semana

Os meus dias
De feira também são seus
Vem viver
Corre pra nossa cabana
Faço de conta que sou levada
Pra ser levada em conta
É pra janela do seu olhar
Que o meu destino aponta
Vem
Põe o moletom
Prova meu batom
Minha companhia
Dobra a calça jeans
Rega meu jardim
Colore meu dia
 



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

mais um inacabado - VENTO

Desde criança tenho fascinação por VENTO! A força nada invisível desse dragão invisível que todos os dias está entre nós: um dia calmo, manso; outro rebelde, revolucionário ou tantos outros adjetivos que poderíamos ai encaixar. Minha reverência é tamanha para esse filho adolescente dos céus que minha mente transborda de tantas possibilidades para dar continuidade a esse texto. No entanto, não tenho capacidade suficiente para transcrevê-las todas aqui de forma, digamos que, coerente =D (as minhas famosas ramificações de pensamentos ahhhhh). Enfim, acho que deveríamos prestar mais atenção no poder renovador do vento. Sentir o vento arrastando toda a sujeira do seu rosto e estendendo para sua alma. Alguns quilos a menos. Para mim o vento é irmão gêmeo da liberdade, possuidores de uma ligação tão estreita de dar inveja, mas que nos lança almejar andar de mãos dadas com esses irmãos sapecas. Mas tá, nem tudo são rosas nessa vida. Ps.: muitas pessoas gostam da minha maneira positiva de ser (trocar a moldura do quadro??? :D ), mas ainda continuo vendo o chão e sei que esses dois dão um trabalho abissal. Tente falar para a liberdade que ela precisa crescer um pouco mais? Que a contemplação plena disso (ainda que seja muito subjetivo) requer certa noção e hábitos (mudanças de pensamentos e de ações ao longo do tempo) de confiança, de dignidade, de respeito - resumindo: de amor! Que não precisa ir para muito longe? Apontar para ver o que tem abaixo dos pés, sustentando-a? Viu?! Consegue flutuar e veja: o chão permanece ali. Teu irmão vento está assoprando. Falando nele, ahh o vento, como controlá-lo? Simplesmente não dá. Impulsivo demais, ausência total do medidor de conseqüências. Parece com aquelas crianças que batem o pé no chão gritando 'eu quero, eu quero, eu qu...' nessa hora o vento já foi. Não se aguentou. Como os deuses dos céus fizeram para domá-lo? Pirulitos de chuva? Brincadeiras com algodão doce? Dizem que tem uma brisa suave, um vento do oeste por ai. Melhor perguntar para o deus Zéfiro. Enquanto isso vou levando eles desse jeito mesmo na garupa da minha moto. :D