quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A tal da distância imprecisa com movimentos de esperança

Assim, o horizonte me distrai. O final do céu azul marca uma linha - a linha do horizonte - que tanto instiga, lá de longe, a te pegar pela mão e mostrar novos caminhos, novos perfumes, novas janelas, novos títulos, outros horizontes. Engraçado, pois isso tudo soa como algo inexplorado, calcados de medos, por ser desconhecido até então. E, mesmo assim, traz um sentimento de plenitude. Acho que é porque a alma já sobrevoou, foi apressada e curiosa verificar as várias 'portas da esperança', as caixinhas surpresa. Agora entendo porque a alma é chamada de extensão dos olhos e do coração. O horizonte, tão perto, tão distante. Faz parte de mim.

Como o mestre Fernando Pessoa escreve:
O sonho é ver as formas invisíveis 
Da distância imprecisa, e, com sensíveis 
Movimentos da esperança e da vontade, 
Buscar na linha fria do horizonte 
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte 
Os beijos merecidos da verdade.


Tá, agora lembrei da música 'Além do horizonte', popularizada pelo Jota Quest. Mas essa versão nas vozes de Tim Maia e Erasmo Carlos é show!

http://www.youtube.com/watch?v=_JJ6udQ1744

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