domingo, 16 de janeiro de 2011

Mr. Scarecrow.


Hey, Mr. Scarecrow
You can't close your eyes
Can't fold your arms
You are always standing still
Watching days pass by
Hey, Mr. Sacarecrow
In this never-changing view
Of these ever-changing fields
It wouldn't seem unreal to see you cry
To see you cry
But maybe, maybe it was just the morning dew
Hey, Mr. Sacrecrow
If you could walk
If you could see the world
If someone could break your heart
Wouldn't you feel tempted
To come back to these fields?
And feel no pain
Just sun and rain to make you fall apart
I've seen you cry
I think I've seen you cry
But maybe
Maybe it was just the morning dew
Wouldn't you feel tempted
To come back to these fields?
And feel no pain
Just sun and rain to make you fall apart
I've seen you cry
I think I've seen you cry
But maybe
Maybe it was just the morning dew
(Mr. Scarecrow - Cássia Eller)
Essa figura sempre me chamou atenção, de alguma forma. A forma mais bizarra, provavelmente. Não entendo como ainda encontramos essas figuras em algum canto de campo por ai. Primeiro porque eles simplesmente não funcionam. Os pássaros não vão embora por sua causa. Ficam desconfiados, à primeira vista, mas logo se acostumam com a presença inerte do dito cujo. Segundo, por que diabos sempre sacaneiam com os pobres espantalhos colocando um sorriso de orelha a orelha? Não me parece gostarem de ficar ali, de pés juntos, fincados no chão, braços sem poder abraçar, debaixo de um sol a pino e tendo como únicos companheiros os pássaros, estes que eram para estar longe dali. Um deles me contou que seu sonho era dançar por todo aquele campo, arrancar as flores e voar como os pássaros. Outro disse querer conhecer o mundo, o que havia além do horizonte do milharal. Pobres prisioneiros do silêncio, sem alma e sem coração, mas com os olhos eternamente abertos, sem poder ver, sem poder sentir. Apenas orvalho. Será que não existem por ai humanos-espantalho? E eles andam, e eles falam. Mas não abraçam, não sentem, não choram. Acho que o orvalho até está valendo. 

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